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Dia de mobilização no BB: diretores do Sindicato dialogam com bancários e clientes
Nesta quarta-feira (10), à exemplo do que vem ocorrendo em todo o país, os bancários de Pelotas e Região estão mobilizados, demonstrando insatisfação com os rumos que o BB vem tomando. Em conversa com funcionários e clientes do banco, diretamente nas agências, os diretores do Sindicato têm procurado explicar que é preciso exigir transparência em relação ao Plano de Reestruturação que está sendo imposto à categoria.
Os dirigentes sindicais, de Pelotas e Região, têm alertado os funcionários do BB para o fato de que não se sabe, ainda, quantas e quais agências serão fechadas. Com a adesão de 5.533 funcionários ao último PDV, em todo o Brasil, certamente todos os que estão na ativa, hoje, serão sobrecarregados, acarretando a precarização no atendimento.
“Infelizmente, essas medidas não surpreenderam. A sociedade sabe que tem uma série de empresas que estão na mira do Governo, para serem privatizadas, mas forma como está sendo encaminhada esta reestruturação tem sido completamente unilateral, imposta de cima para baixo. Por isso, é preciso que todos somem esforços em defesa do patrimônio público”, ressaltou a diretora do Sindicato, Sidmara Sarzi de Almeida, que é funcionária do BB.
É importante lembrar que a intenção do banco é promover o fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios. “Com isso, a função de caixa executivo será extinta, o que acarretará uma perda de, aproximadamente, 40%, nos salários dos funcionários, além de prestar um atendimento presencial de menor qualidade para os clientes e usuários do Banco”, explicou Marlise Souza, também diretora do Sindicato e funcionária do BB.
Reunião com o Banco
Em reunião, realizada na tarde de ontem, terça-feira (9), com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), o movimento sindical defendeu a imediata suspensão do descomissionamento de caixas e pediu mais informações sobre o processo de reestruturação. Os representantes do BB propuseram uma prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, desde que todas as entidades sindicais assinassem o acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e o Acordo de Comissão de Conciliação Prévia (CCP). Como se não bastasse, o BB também exigiu a retirada de todas as ações judiciais que, atualmente, o banco vem respondendo.
O movimento sindical recusou a proposta, já que é inadmissível que o BB condicione uma situação à outra que nada tem a ver com a pauta de reivindicações da categoria. Mais uma vez, os dirigentes sindicais lamentaram a postura do banco, que se recusou, ainda, a informar quais agências serão fechadas e quais os municípios que serão atingidos. Conforme os diretores do Sindicato têm lembrado, muitas cidades só possuem agências do BB e essas mudanças afetarão diretamente a população destas localidades.
Mobilização em Pelotas e Região
Durante todo o dia de hoje, o Sindicato está convidando funcionários e clientes a se somarem na defesa desta importante instituição pública e alertando para os possíveis desdobramentos das demissões em massa e do consequente sucateamento do Banco do Brasil. Atualmente, o trabalho de fomento do banco promove programas de crédito como o Pronaf, de incentivo aos pequenos e médios agricultores, e o PRONAMPE, que emprestou quase R$ 7 bilhões a 109 mil pequenos e médios empreendimentos, garantindo a manutenção da atividade econômica – e desses empregos -, durante a Pandemia.
Confira a entrevista concedida pelas diretoras do Sindicato ao Outras Vozes:
Foto e Texto: Eduardo Menezes – Seeb Pelotas