Grupo de Pesquisa da UFPel apresenta projeções de óbitos por COVID-19

Neste mês de abril, o Brasil deve passar pelo período mais crítico da pandemia até aqui. As medidas tomadas até agora ainda não foram suficientes para evitar essa onda de contaminação que o País enfrenta. O aumento dos casos de óbitos atinge patamares alarmantes, situação agravada pela perspectiva de iminente falta de insumos hospitalares para o tratamento. Além disso, a possibilidade de surgimento de novas variantes, ainda mais infecciosas e mortais, preocupa o mundo inteiro. E o Brasil tornou-se o centro de tudo isso.

Esse panorama atual ainda pode ficar mais grave. Isso é o que mostra a projeção realizada nos Estados Unidos pelo Instituto de Métricas e Saúde (IHME), da Universidade de Washington, divulgada no início desse mês. Nessas projeções foram montados três cenários com base na mobilidade, uso de máscaras e vacinação.

O primeiro cenário, aqui chamado de Cenário 1, considera que 95% da população use máscaras e que a oferta e o ritmo de vacinação sejam maiores que os atuais. A projeção nesse Cenário 1, feita pelo IHME, é que até o dia primeiro de Julho o Brasil tenha contabilizado 507,7 mil óbitos por Covid-19. Para o segundo cenário, Cenário 2, que é o mais provável, o IHME estima que serão registrados 562,8 mil óbitos. Neste cenário a distribuição de vacina é ampliada ao longo de 90 dias e as variantes continuam a se espalhar. No terceiro cenário, Cenário 3, o Instituto projeta a pior situação de registro de óbitos para o Brasil: 597,7 mil mortes, considerando que aqueles que são vacinados voltem a ter mobilidade pré pandemia.

Nessa publicação, usando as projeções do IHME (https://covid19.healthdata.org/brazil?view=total-deaths&tab=trend ),  os pesquisadores do Grupo de Dispersão de Poluentes e Engenharia Nuclear da UFPel (GDISPEN) estimam o número de óbitos para o Rio Grande do Sul (RS) e para a cidade de Pelotas. Para isso foram usados os dados de mortalidade do RS e de Pelotas, e a mortalidade do Brasil  para estabelecer um fator de proporção para as estimativas. A Figura abaixo apresenta essas projeções até o dia 1º de julho de 2021.

Fonte: UFPel

Arte: SEEB Pelotas e Região

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