Sindicato está mobilizado em defesa do Banrisul

Bancários de Pelotas e Região se mobilizam na mídia, nas ruas e nas agências para defender o Banrisul público

Com participação em programas de rádio e inserções diárias de áudios, na programação das principais emissoras dos municípios da Zona Sul do Estado, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região tem procurado contornar as limitações impostas pela pandemia e dialogar com a população gaúcha sobre a importância da manutenção do Banrisul público.

Mas além do debate, permanente, aberto junto aos meios de comunicação, os diretores do Sindicato têm estado atentos à necessidade de informar a sociedade, em geral, sobre os riscos da aprovação da PEC 280/2019, de autoria do deputado Sérgio Turra (PP), que pode ir à votação no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul já nesta terça-feira (27). Por isso, também foi viabilizada a passagem de carros de som, pelos principais municípios do interior, explicando para a comunidade o que está em jogo com a possibilidade de privatização das estatais gaúchas. O diálogo dos diretores, junto aos colegas, nas agências, e a mobilização nas redes também fazem parte das ações que estão sendo executadas. Para se somar à essa luta, CLIQUE AQUI e envie mensagens para os parlamentares gaúchos, manifestando sua contrariedade com a venda das estatais.

Diretora do Sindicato e Técnica do DIEESE explicam importância do Banrisul para a economia do Estado

Durante a participação no programa Contraponto, da RádioCom, a economista Vivian Machado, que é diretora do DIEESE, falou sobre o papel que o Banrisul tem cumprido, durante a Pandemia, além de evidenciar o lucro do banco que chegou a R$ 824,8 milhões, mesmo em meio à crise sanitária, no ano de 2020.

De acordo com a economista, o Banrisul e os demais bancos públicos foram decisivos, no início da Pandemia, não só devido à promoção de vários programas de crédito e da liberação de recursos do Banco Central e do Tesouro, mas, também, ao modo de atuação diante da crise sanitária. Os bancos privados ficaram reticentes. Enquanto o Tesouro não foi lá e falou que iria compartilhar o risco, eles não emprestaram”, critica a economista. Ela explica, ainda, que, quando são analisados os dados de crédito, percebe-se que os empréstimos dos bancos privados foram, massivamente, para as grandes corporações e não para aqueles que mais necessitavam de auxílio, como as pequenas e médias empresas e as pessoas físicas.

Conforme relembra a diretora do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região e também diretora da Fetrafi-RS, Raquel Gil de Oliveira, os funcionários do Banrisul sempre estiveram muito atentos e mobilizados para os riscos da venda do banco à iniciativa privada. Ela recorda que, durante o Governo Britto, na década de 1990, quando houve ameaça de privatização do Banrisul e não havia a exigência do plebiscito para a venda das estatais, o Sindicato se organizou e se mobilizou com o objetivo de incluir, na Constituição Estadual, essa ferramenta democrática, que possibilita a participação popular nas decisões fundamentais para a economia do estado.

“O Rio Grande do Sul sempre foi um estado muito ativo politicamente. Os gaúchos nunca se negaram à participação política. Por isso, nós buscamos este instrumento legal para que a população pudesse decidir o futuro das empresas públicas, evitando uma tomada de posição unilateral, por parte de um governo, ou outro, que são passageiros, e não têm o direito de entregar o patrimônio dos gaúchos, fazendo com que o investimento não fique para o estado”, enfatiza a dirigente sindical.

Confira a entrevista completa no vídeo abaixo (inicia em 2h05min):

Redação e ilustração: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas e Região

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