Sindicato convoca Assembleia para deliberação sobre a obra que está sendo realizada em sua sede
População mais carente é a mais prejudicada com privatização dos bancos públicos
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, participou de uma live com os Jornalistas Livres, neste domingo (2). O assunto foi o ataque do governo aos bancos públicos e quais os prejuízos para a população brasileira.
Para o presidente da Fenae, a privatização da Caixa a partir do fatiamento do banco em subsidiárias vai esvaziar a capacidade financeira da instituição. O lucro do banco nos últimos anos não significa fortalecimento da Caixa, pois foram obtidos com a venda de patrimônio.
“Em 2019, a Caixa vendeu ações de participação que tinha na Petrobras, da Vale. Em 2020, os lucros foram obtidos com as vendas no balcão da Caixa, de seguros. São lucros artificiais. Daqui a dois ou três anos não vai mais existir porque a Caixa está vendendo o que sustentava o lucro do banco”, disse Takemoto, citando a Caixa Seguridade, que foi listada na Bolsa de Valores B3 na última sexta-feira (29).
Além dos prejuízos ao banco, a privatização vai afetar a população de um modo geral, pois devem ser alteradas as taxas de juros, empréstimos, financiamentos e as políticas que induzem o desenvolvimento do país. No entanto, quem mais deve sofrer é a população mais carente das políticas públicas que são operadas pelo banco.
Estatais na pandemia
As empresas estatais têm sido fundamentais para ajudar o Brasil a enfrentar a crise econômica, social e sanitária causada pela pandemia, avaliou Takemoto na live. Ele citou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Caixa. Mas em vez de valorizar as estatais e fortalecer o Estado, o governo aproveita as realizações das empresas para vendê-las.
No caso da Caixa, os empregados desenvolveram o aplicativo Caixa TEM, que permitiu o pagamento do Auxílio Emergencial. Agora o presidente do banco quer fazer deste aplicativo a base de uma subsidiária chamada Banco Digital, que já tem objetivo de ser privatizada. “Já sabemos que o banco digital é o futuro do sistema financeiro. Ou seja, vão tirar isso da Caixa e entregar de mão beijada, como fizeram com a Caixa Seguridade”, alertou.
Fonte: Fenae, com edição SEEB Pelotas e Região
Fotos: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas e Região