Vereadora Fernanda Miranda atua pela prioridade de lactantes na vacinação contra a Covid-19
Após inúmeras reuniões com organizações, aprovação de moções, e realização de lives, a vereadora Fernanda Miranda (PSOL) levou até a Secretária de Saúde, Roberta Paganini, as reivindicações para a inclusão de lactantes e cuidadoras de menores PCDs no Plano Municipal de Imunização.
O plano é pautado na autonomia dos estados e municípios, conforme preconiza a lógica tripartite do SUS, para que estes realizem adaptações no PNI conforme as necessidades de cada região, as doses disponibilizadas e as características da população local. Em vários estados e alguns municípios do Rio Grande do Sul como Sapucaia do Sul e São Leopoldo já adaptaram seus planos incluindo as lactantes sem comorbidades.
A justificativa para a inclusão das lactantes é fundamentada na garantia à integridade da saúde da criança, uma vez que estudos apontam que anticorpos são passados da lactante imunizadas para o lactente; sendo que não há qualquer previsão de imunização através de vacinação para crianças na primeira infância e tampouco bebês podem se proteger com máscaras sob risco de sufocamento. Além da garantia da saúde destas, a vacinação é uma estratégia de política pública para o incentivo ao aleitamento materno, e uma proteção social eficiente e econômica, pois aumenta o efeito rebanho da vacinação. Esse fator é muito importante, pois uma vacina protege duas vidas ou mais (a depender de quantas crianças são amamentadas).
Não menos importante é a luta das cuidadoras de crianças e adolescentes com deficiência acamados, que não tiveram sua imunização pois não há em curso vacinas no Brasil para menores de 18 anos. Essa situação fez com que estas responsáveis, na grande maioria mães, fossem deixadas de fora do grupo de prioridade. Neste caso, também trata-se da garantia da saúde e cuidados das crianças e adolescentes, uma vez que sua contaminação se dá integralmente de modo vertical por suas cuidadoras, que precisam constantemente buscar a garantia do acesso aos direitos de quem está sob sua responsabilidade. Sendo que, na maioria das vezes, os cuidados são de mulheres, muitas delas sozinhas, pois não possuem uma rede de apoio. Essas pessoas vivem uma angústia constante de adoecerem e não ter com quem deixar estas crianças e vivenciam o medo de transmitir a doença para eles e talvez serem responsáveis por algo grave que venha a lhes acontecer.
“É necessário que o poder público possa olhar para essas pessoas com olhar mais empático, pois já existe uma série de fatores que tornam suas vidas difíceis. Além disso, Pelotas precisa de uma estratégia de vacinação mais eficaz e a inclusão desses grupos na prioridade garante a proteção de quem cuida e os direitos da infância e juventude”, coloca a vereadora.
A luta pela inclusão destes grupos no PMI é uma luta de toda a sociedade, e nós seguiremos atuantes até que todas e todos estejam imunizados.
Fonte: Assessoria de comunicação da vereadora Fernanda Miranda (PSOL), com edição SEEB Pelotas e Região
Foto: Divulgação da Assessoria da Vereadora