É preciso debater a redução da jornada de trabalho

Como consequência de uma sociedade baseada no consumo exacerbado, as fronteiras entre trabalho e tempo livre têm se dissolvido, obrigando milhares de pessoas a trabalharem mais. A classe trabalhadora se vê no embate de ter o seu tempo social atravessado pela extensão do trabalho, que aumenta a jornada, frente à precarização do emprego.

Enquanto se discute a semana de quatro dias em várias partes do mundo, os países da América Latina mostram que as horas trabalhadas em atividades remuneradas sofreram pouco ou nenhuma alteração nas últimas décadas. O processo tem se agravado com as jornadas diversificadas, descentralizadas e individualizadas.

A redução da jornada de trabalho é uma opção diante de uma sociedade que tende a absorver cada vez menos trabalho vivo, analisando dois aspectos que precisam ser debatidos. O primeiro é enfrentar a tendência de flexibilizar rotinas de trabalho, sem que haja a perda de direitos, e também apresentar uma saída para o problema estrutural de falta de trabalho, que atinge milhares de pessoas atualmente.

O debate sobre redução da jornada de trabalho possibilita a geração e redistribuição de empregos, além de questionar o tempo de trabalho versus o tempo social.  A discussão é política e serve como uma estratégia para resolver os graves problemas de emprego, pobreza, desigualdade social, além de proporcionar que as pessoas possam ter qualidade de vida e dignidade sobre sua existência. 

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)

Imagem: SEEB Pelotas e Região

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