Bancos não têm pena: tarifas disparam em plena crise

Sem responsabilidade social e de olho apenas no lucro, os cinco maiores bancos no país aumentaram a maioria das tarifas avulsas cobradas aos clientes em meio à crise causada pela pandemia do coronavírus. O salto no BB, Bradesco, Caixa, Itaú, Santander foi acima da inflação entre junho do ano passado e julho deste ano. 

Estudo do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) constatou que serviços, como depósitos, saques e transferências subiram entre 9% e 25%. Já a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços Amplo ao Consumidor) acumulada no mesmo período foi de 8,35%. O Safra foi único que não elevou a este nível. 

O Banco do Brasil registrou maior alta ao aumentar a compra de moeda estrangeira pelo “cheque viagem” em 213%, de R$ 80,00 para R$ 250,00. O Bradesco elevou o preço do depósito em 25%, passando de R$ 6,45 para R$ 8,05. No quesito custo dos pacotes das organizações em ofertas cujo público-alvo é cliente de classe média, o pacote que mais subiu foi o “Bradesco Expresso 5”, em 20%. Saiu de R$ 27,70 para R$ 33,20.

No Brasil, ser banqueiro sempre foi um bom negócio. Para o Idec, os reajustes das tarifas e pacotes foram abusivos e demonstram a ganância dos cinco maiores bancos, sobretudo em um cenário de desemprego e renda mais baixa e de digitalização dos serviços.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)

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