Sindicato promove ação solidária no lançamento da Campanha Salarial
O último sábado, dia 30 de julho, foi de muita movimentação por parte da categoria bancária de Pelotas e Região. Desde cedo nos preparativos para a ação solidária que marcou o lançamento da Campanha Salarial de 2022, os diretores do Sindicato decidiram pautar suas demandas específicas em paralelo com a luta pela sobrevivência da população brasileira.
Crise econômica
A crise econômica, que é sentida no bolso de quem está empregado, tem sido ainda mais cruel para quem vive em situação de rua. Realidade agravada, em períodos como o inverno. De acordo com um levantamento da Prefeitura de Pelotas, realizado ainda em 2021, aproximadamente 360 pessoas estavam vivendo nas ruas do município. Em todo o país, de acordo com o IPEA, a estimativa é de que mais de 220 mil pessoas estejam passando por este drama social.
Ação Solidária
Sem políticas públicas capazes de dar uma resolução mais efetiva e imediata ao problema, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região resolveu tomar a iniciativa de realizar ações solidárias visando distribuir alimentos e arrecadar roupas e mantimentos para distribuir a estas pessoas. No sábado (30), em uma segunda atividade executada, neste ano, foi servido um caldo, com pão, e distribuídos agasalhos, no largo da Praça Coronel Pedro Osório, em frente ao Theatro Sete de Abril, na região central da cidade. Ação que contou com bom público durante toda a manhã.
Tudo caro
Em apenas três anos, a cesta básica ficou 48% mais cara, com itens básicos tendo uma alta de até 153%. Isso sem falar no aumento do gás de cozinha e combustível. De acordo com a bancária, aposentada, da Caixa Econômica Federal, Cristina Gularte, a população já percebeu que tudo está mais caro e o poder de compra dos brasileiros caiu muito, mas nem todos estão conscientes do porquê dessa situação.
“Mesmo com a Pandemia e a crise mundial que os países pobres estão atravessando, os bancos não diminuíram seus lucros; ao contrário, continuam lucrando – e muito, inclusive, com a demissão de bancários, o que acaba prejudicando, também, a população”, alerta Cristina, ao enfatizar a importância da população compreender por que a miséria tem crescido no país.
É preciso mudar esta realidade
“Com as eleições se aproximando, é importante prestar a atenção no que diz o seu candidato. A gente precisa de políticas públicas. Precisa que os grandes empresários e os donos dos bancos se comprometam com a população. Priorizar a contratação de funcionários e valorizar os empregados que, hoje, atuam nas agências, abaixo de mau tempo, com cobranças por metas absurdas, fazem parte dessa mudança urgente para tirar o país desse caminho rumo ao aniquilamento da justiça social”, ressalta a aposentada.
Saúde em pauta no Banrisul
Conforme explica a diretora do Sindicato, Raquel Gil de Oliveira, que é funcionária do Banrisul, além dos principais pontos do Acordo Coletivo de Trabalho, é importante os banrisulenses ficarem atentos, também, para as pautas específicas, como a reunião desta próxima terça-feira, dia 2 de agosto, que diz respeito à saúde dos trabalhadores.
“Ainda estamos passando por uma Pandemia e muitas pessoas continuam adoentadas. Nós fomos às ruas, em Pelotas, para que os colegas e a população, de modo geral, se apropriem destas discussões. A piora na saúde física e mental dos trabalhadores brasileiros, em especial da nossa categoria, faz parte de um contexto de fome e miséria, em todo o país, que não é diferente na nossa cidade e que nos revela o quanto as decisões políticas interferem no conjunto das necessidades da população, porque dizem respeito à luta por dignidade, emprego e renda”, explica Raquel.
Confira as principais reivindicações da categoria:
Aumento maior para o VR e VA;
Garantia dos empregos.
reajuste salarial de 5% acima da inflação
Manutenção da regra da PLR, atualizada pelo índice de reajuste;
Fim das metas abusivas;
Combate ao assédio moral;
Acompanhamento e tratamento de bancários com sequelas da Covid-19.
Redação e fotos: Eduardo Menezes / SEEB Pelotas e Região