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Em defesa do Banrisul, Sindicato visita agências da região
Comando Nacional recomenda que banrisulenses não migrem para o Plano de Cargos, Funções e Salários (PCSF)
Ao longo da última semana, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região distribuiu exemplares do jornal Nossa Voz em todas as agências do Banrisul da base. A última edição teve como principais pautas dois assuntos de extrema importância e interesse para a categoria. A primeira é a realização de uma nova eleição na Fundação Banrisul de Seguridade Social (FBSS), que ocorre no final de abril. Enquanto a segunda pauta tratada diz respeito à apresentação do Plano de Cargos, Funções e Salários (PCSF).
Diretores do Sindicato estão percorrendo todas as agências do Banrisul na região. Na última quinta-feira, 30 de março, aproveitando a ocorrência do 2º sorteio da Campanha de Aniversário do Sindicato em Jaguarão, Paulo Fouchy, Lucas da Cunha e Sérgio Seus visitaram a agência do município. Completaram a viagem com a entrega dos jornais para os banrisulenses de Arroio Grande.
Plano de Cargos, Funções e Salários
O Banrisul apresentou o PCFS sem discussão com os trabalhadores. Ciente das dúvidas dos colegas, o Comando Nacional dos Banrisulenses recomenda que os trabalhadores do banco não migrem para o novo plano. A diretora do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Raquel Gil, enfatizou a importância de não aderir ao plano. “Nós precisamos ter uma palavra oficial do banco, que não pode sonegar essas informações. Indicamos que os colegas não assinem a migração. Só assim poderemos fazer uma defesa e garantir direitos”, defende Raquel.
A falta de clareza do plano representa diversos riscos. Como a possibilidade de perder o comissionamento, além de transferências a qualquer momento sem indenização. Com a nova proposta, o Abono Assiduidade (ABA) e gratificações passariam a vigorar conforme norma convencionada, o que também geraria a possibilidade de retirada dos direitos a qualquer momento. O novo plano elimina, ainda, a promoção por antiguidade. “O antigo regulamento era muito mais completo, tinha em torno de 20 páginas. Enquanto o novo tem apenas cinco páginas, com muitas lacunas e incertezas”, explica o diretor Paulo Fouchy.
A grande dúvida é sobre quais as consequências para os banrisulenses que optarem por não migrar neste momento. O Sindicato reforça, mais uma vez, a posição contrária ao novo PCSF e orienta que os banrisulenses não migrem para o novo plano. Na próxima quarta-feira, 5 de abril, será realizada uma reunião virtual para tratar exclusivamente sobre o assunto. “A gente convida os colegas a participarem, pois este assunto é de extrema importância. É uma oportunidade para tirarem as suas dúvidas”, completa Paulo.
Defesa da Fundação Banrisul
Está prevista para o final de abril uma nova eleição para a Fundação Banrisul. Esta será a terceira vez que os segurados poderão eleger a diretoria da entidade. Hoje, a participação é paritária. Ou seja, 50% patronal e 50% descontado dos trabalhadores. Após anos de construção do movimento sindical, foi conquistada a representação por meio das eleições. Entretanto, é necessário ressaltar a importância de eleger pessoas que não sejam indicadas pelo banco.
Segundo o comando nacional, a atual gestão da Fundação faz demonstrações da intenção de vender o fundo de pensão dos banrisulenses. Prova disso é o novo Plano de Benefícios de Contribuição Definida (FBPrev CD) muito inferior aos planos vigentes. Além disso, a proposta de retirada do patrocínio do empregador dos planos previdenciários representaria o encerramento da relação contratual que existe com o banco, que deixaria de contribuir para o plano de benefícios. Atualmente, o Banrisul contribui com o mesmo percentual que o funcionário.
Redação e imagens: Vitor Valente – Seeb Pelotas