CUT e centrais protestam contra os juros altos nesta terça (20)

Nesta terça-feira (20), data em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) para definir a taxa de juros a ser adotada no país, a CUT, as demais centrais sindicais e movimentos populares promoverão manifestações em todo o país.

Os atos fazem parte da Jornada de Lutas contra os Juros Altos, que começou na sexta-feira (16), com passeata em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e ação nas redes sociais.

Os protestos ocorrerão em frente às sedes do Banco Central e locais de grande circulação como forma de pressionar para que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, pare de boicotar o Brasil e diminua a taxa de juros que prejudica a economia.

No Rio Grande do Sul, o ato ocorre na rua 7 de Setembro, 586, no Centro da cidade, a partir das 11h, e diretores do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região se farão presentes.

Reunião com o Senado

A vice-presidenta da CUT ainda afirma que a CUT, centrais e movimentos populares se reunirão com representantes da Frente Parlamentar Mista em defesa da redução dos juros e estarão no dia 22 com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pedindo que intervenha pela redução da taxa.

Com juros altos, a classe trabalhadora é penalizada por todos os lados. Além de gerar desemprego, o consumo fica prejudicado, as contas ficam mais caras e aumenta o custo de financiamento, as renegociações e os juros do cartão de crédito, fatores que demandam mais dinheiro para que os débitos sejam quitados.  

Este é um dos motivos que fez com que o nível de endividamento batesse recorde no ano de 2022.

Além disso, o governo também enfrenta custos maiores para fechar a conta, já que os títulos da dívida pública têm a Selic como base. Com isso, os recursos que serviriam para investimento em programas sociais e políticas públicas para a população são consumidos pelos juros.

Para CUT, centrais e movimentos populares, manter a taxa nesse patamar é inaceitável. “O presidente do Banco Central, que foi colocado por Bolsonaro no cargo, está mantendo os juros altos já desde 2021 e, este ano, mesmo com a inflação caindo, mesmo com o PIB crescendo, ainda mantém os juros nesse patamar elevadíssimo, o maior do mundo”, diz Juvandia Moreira.

“Isso está retraindo o investimento no setor produtivo e retraindo tanto o emprego quanto a renda dos trabalhadores”, critica a dirigente.

Vale lembrar que o Banco Central tornou-se independente por conta de uma medida implementada em 2021 pelo presidente derrotado nas últimas eleições, Jair Bolsonaro (PL), aprovada pelo Congresso.

Porque a taxa de juros alta prejudica o Brasil

1 – Aumentam as dívidas dos brasileiros
Quanto mais alta a taxa, maior os juros e mais caro o crédito para financiamentos, empréstimos, cartão de crédito e prestações da casa própria.

2 – Renegociações impraticáveis
Em muitos casos, apenas os juros cobrados podem chegar a mais de 50% do valor do bem comprado ou do valor renegociado, o que tora impossível a negociação

3 – Desemprego
Com juros altos, o consumidor deixa de comprar, as empresas de vender, a produção cai e o desemprego cresce

Fonte: CUT-RS, com edição SEEB Pelotas e Região

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