Mais crédito para driblar a crise
Enquanto a taxa básica de juros está em 13,75%, a mais alta do mundo, os bancos públicos podem ser utilizados para aquecer a economia do país com a expansão de crédito, promoção de investimentos e geração de emprego. Um drible na crise.
A ideia do presidente Lula, um dos críticos da alta taxa de juros, é implementar política econômica anticíclica para usar as estatais para socorrer o Brasil, assim como feito durante a crise financeira mundial de 2008. Na época, a participação relativa dos bancos no saldo total das operações de crédito subiu de 33,8% para 56,5% entre 2008 e 2016, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Importante destacar que a ampliação da oferta de crédito não tem impacto direto na taxa de juros, mas é uma saída para escapar do índice alto através da redução do spread bancário, que trata da diferença financeira entre a taxa de captação e a de empréstimo.
O Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, não pode continuar penalizando a população, principalmente os mais pobres, ao manter a Selic em níveis estratosféricos. O Brasil tem de voltar a crescer e gerar emprego e renda.
Fonte: SBBA