Regional Sul promove Caminhada no Cassino para bancários de Pelotas, Rio Grande e Camaquã
“Paz sem voz, não é paz; é MEDO!”
Por: Roger Peres*
A guerra entre palestinos e israelenses, que se estende há pelo menos sete décadas, atingiu uma tensão brutal nos últimos anos. O mais recente capítulo desta situação de violência sem precedentes começou em 7 de outubro, quando militantes do Hamas lançaram mísseis sobre Israel, chamando a atenção da grande mídia para um novo massacre que está ocorrendo naquela região.
Em retaliação à ação do Hamas, o estado terrorista de Israel declarou nova guerra colonial aos palestinos. A nova ofensiva militar israelense segue o procolo de sempre, não poupa civis, nem mesmo mulheres e crianças, devendo ser tratada com repulsa e indignação. Sabemos que a colonização israelense sempre foi violenta e ultrajante, mas a mídia hegemônica sempre ocultou estes fatos por interesses políticos e econômicos. Diante deste cenário, como não lembrar de Malcolm Little? Mais conhecido como Malcolm X, o ativista dos direitos humanos norte-americano recomendava a nunca comparar a violência do oprimido com a do opressor!
O povo palestino tem o direito – e o dever – de resistir. A comunidade internacional sempre se calou perante os absurdos que acontecem na Faixa de Gaza. Sempre se calou sobre o genocídio de mulheres e crianças palestinas, mesmo tendo resoluções da ONU a respeito da terra palestina, que são descumpridas, cotidianamente, há décadas.
A verdade é que as cenas aterrorizantes que vemos, hoje, são apenas a mais recente escalada de um confronto longo e sangrento, sem solução próxima, que tem marcado o Oriente Médio há muito tempo, sem que tenha sido construída uma rede de solidariedade ao povo palestino que seja suficientemente capaz de comover as lideranças mundiais no sentido de darem uma solução verdadeiramente humana para o conflito.
Onde estão as organizações médicas brasileiras? Onde estão as nossas entidades e associações humanitárias, que não protestam, que não se manifestam em cartas abertas nos jornais, que não dão entrevistas se posicionando contra esse genocídio? Um holocausto, em tempo real, passando diante dos nossos olhos, nas redes sociais, mas que não geram a devida ação política. Não levam à indignação autêntica e verdadeira, que tanto necessitamos, hoje, nestes tempos em que a individualidade e o “parecer ser” têm importado mais do que a atuação consciente, a exemplo do que fazia Malcom X. Palestina Livre! Esta é a única resposta possível em um momento como esse!
* Jornalista, produtor e apresentador do Programa Futebol & Cultura, na RádioCom, e diretor do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região