Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino movimenta a Esquina Democrática, em Pelotas
As manifestações ocorreram não só no Brasil, mas em outras localidades por todo o mundo
O dia 29 de novembro tem um significado histórico muito importante na luta do povo palestino pelo reconhecimento do seu direito à autonomia e autodeterminação. No ano de 1977, a Organização das Nações Unidas (ONU) registrou esta data como um dia de solidariedade à população da Palestina, que sofre com a ocupação militar de Israel e o êxodo forçado de suas terras há mais de sete décadas – episódio que ficou conhecido como Nakba (a grande catástrofe). Foi também nesta data, no final da década de 1940, que a ONU aprovou uma resolução dividindo o território da Palestina entre árabes e judeus, mas houve uma recusa por parte das Ligas Árabes em relação à partilha deste território, levando à Primeira Guerra Árabe-Israelense.
Ato em Pelotas
Refazendo o percurso histórico do conflito, diversas lideranças da população árabe, que vivem em Pelotas, tomaram a palavra, no ato realizado na Esquina Democrática, na tarde desta quarta (29), para pedir o imediato cessar fogo na Faixa de Gaza, além de denunciar os crimes que estão sendo cometidos pelo Estado de Israel ao avançar sobre o território palestino, vitimando civis e fazendo até mesmo crianças de prisioneiras.
“Hoje, a opinião pública mundial está sendo obrigada a rever muitos dos seus preconceitos contra quem vive no Oriente Médio, já que a grande mídia não pode mais apresentar uma única – e ocidentalizada – versão deste conflito. Assistimos, chocados, às flagrantes violações dos direitos humanos que estão sendo cometidas pelo Estado de Israel contra o povo da Palestina. São centenas de crianças detidas, todos os anos, sob a pretensa alegação de que estariam ‘atirando pedras’ contra os blindados das tropas sionistas. É nosso dever estar nas ruas e exigir o imediato cesar fogo, na Faixa de Gaza, mas também precisamos exigir a devida punição do Estado de Israel, que comete um verdadeiro genocídio contra o povo palestino sob o olhar complacente de muita gente”, criticou o diretor do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Roger Peres, que se fez presente no ato em solidariedade ao povo palestino.
O foco da manifestação, em Pelotas, foi a necessidade de esclarecer a opinião pública sobre o que está acontecendo na Faixa de Gaza, denunciando o processo histórico de remoção forçada de famílias palestinas de suas casas e os flagrantes ataques aos direitos humanos. Em reunião, na tarde da última terça-feira (28), o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região tornou pública a sua posição de solidariedade ao povo palestino, adotando a resolução da Central Única dos Trabalhadores (CUT) como posicionamento oficial da entidade em relação ao conflito (confira aqui).
Redação e foto: Eduardo Menezes / SEEB Pelotas e Região