Em tuitaço, nesta terça (2), bancários pedem jornada reduzida para 4 dias
Bancárias e bancários, de todo o país, realizarão, nessa terça-feira (2), uma ação conjunta na rede X, com um tuitaço, das 9h às 11h, além de manifestações no Instagram, Facebook e grupos do WhatsApp. A proposta é chamar a atenção da sociedade e mobilizar a categoria para a próxima mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que acontecerá no mesmo dia, desta vez, para debater Cláusulas Sociais, com destaque para redução de jornada para quatro dias semanais, teletrabalho e segurança bancária, nas agências físicas e nos espaços digitais.
A orientação é que os trabalhadores utilizem a hashtag #JuntosPelaJornadaDe4dias, marcando nas postagens a @Febraban. Um e-mail foi enviado, nesta segunda-feira, às entidades sindicais, com informações e materiais para o tuitaço.
“A jornada de quatro dias aumenta a produtividade e os ganhos da empresa e melhora as condições de trabalho dos funcionários”, destaca a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, reforça que a redução da jornada não traria somente benefícios aos trabalhadores, como também para a sociedade, com maior inclusão social, melhor distribuição da renda e bem-estar aos trabalhadores. “Mais tempo para o descanso e equilíbrio no convívio com a família, para a prática de esportes, lazer, cultura e para formação, reduziria o estresse e o adoecimento, enquanto aumentaria a produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, a qualidade de vida da população”, explica. “É importante destacar que a adoção de um sistema de redução de jornada não pode estar dissociada de uma redução da intensidade do trabalho e do controle da hora extra, sempre realizadas através da negociação coletiva com os sindicatos”, completa a dirigente.
Melhor para o trabalhador e para a empresa
A redução de jornada para quatro dias semanais não é uma novidade reivindicada pela categoria bancária. Todas as experiências, realizadas em empresas fora do país e, mais recentemente no Brasil, tiveram impactos positivos, tanto na qualidade de vida dos trabalhadores, quanto para as próprias empresas.
A Islândia se tornou o primeiro país a adotar a jornada reduzida, nacionalmente, após experiência iniciada em 2015. Em 2022, o governo da Espanha iniciou projetos pilotos, em empresas do setor industrial. Nos Estados Unidos e na Irlanda, após uma experiência de seis meses, implementada pela organização não governamental 4 Day Week Global, 27 empresas decidiram não voltar mais à jornada de cinco dias semanais.
Os resultados em todas as experiências acima são: funcionários mais satisfeitos, com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga, melhora na produtividade e, ainda, crescimento na receita das empresas.
No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro deste ano com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% tiveram melhoria na execução de projetos; 58,5% tiveram melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; 33,3% melhoria na capacidade de angariar clientes.
Tecnologia e emprego
Mesmo com lucros bilionários, os bancos seguem fechando agências e reduzindo empregos, sob o argumento de que a tecnologia está moldando todo o sistema financeiro e, portanto, diminuindo a necessidade de postos de trabalho.
“Se essa transformação tecnológica continuar acontecendo sem que os ganhos financeiros sejam democratizados com a sociedade, vamos continuar caminhando para a concentração de renda, com aprofundamento das desigualdades”, destaca Juvandia Moreira. “Existem maneiras de democratizar os ganhos da tecnologia, uma delas é a redução de jornada, outra, que também defendemos, é a redução dos juros”, completa.
Juvandia lembra ainda que os bancos estão na contramão de todas as demais atividades do ramo financeiro que, nos últimos anos, ampliaram o número de vagas. “A única área onde o banco aumentaram as contratações é na de tecnologia da informação (TI). Porém, nas contratações de TI dos bancos, houve aumento de 89% de terceirizações em 2023. Ou seja, quando contratam, os bancos contratam reduzindo os direitos. Por isso, reivindicamos a proteção do emprego, do emprego digno e temos mecanismos para isso, mecanismos bons para a sociedade, para os trabalhadores bancários e para as empresas”, pontua Juvandia.
Outras pautas
Os trabalhadores levarão também para a mesa desta terça, sobre cláusulas sociais, reivindicações sobre teletrabalho, para que haja avanço na implementação das conquistas obtidas na CCT de 2022, e segurança bancária, nas agências físicas e nos espaços digitais.
Bancárias e bancários, de todo o país, realizarão, nessa terça-feira (2), uma ação conjunta na rede X, com um tuitaço, das 9h às 11h, além de manifestações no Instagram, Facebook e grupos do WhatsApp. A proposta é chamar a atenção da sociedade e mobilizar a categoria para a próxima mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que acontecerá no mesmo dia, desta vez, para debater Cláusulas Sociais, com destaque para redução de jornada para quatro dias semanais, teletrabalho e segurança bancária, nas agências físicas e nos espaços digitais.
A orientação é que os trabalhadores utilizem a hashtag #JuntosPelaJornadaDe4dias, marcando nas postagens a @Febraban. Um e-mail foi enviado, nesta segunda-feira, às entidades sindicais, com informações e materiais para o tuitaço.
“A jornada de quatro dias aumenta a produtividade e os ganhos da empresa e melhora as condições de trabalho dos funcionários”, destaca a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, reforça que a redução da jornada não traria somente benefícios aos trabalhadores, como também para a sociedade, com maior inclusão social, melhor distribuição da renda e bem-estar aos trabalhadores. “Mais tempo para o descanso e equilíbrio no convívio com a família, para a prática de esportes, lazer, cultura e para formação, reduziria o estresse e o adoecimento, enquanto aumentaria a produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, a qualidade de vida da população”, explica. “É importante destacar que a adoção de um sistema de redução de jornada não pode estar dissociada de uma redução da intensidade do trabalho e do controle da hora extra, sempre realizadas através da negociação coletiva com os sindicatos”, completa a dirigente.
Melhor para o trabalhador e para a empresa
A redução de jornada para quatro dias semanais não é uma novidade reivindicada pela categoria bancária. Todas as experiências, realizadas em empresas fora do país e, mais recentemente no Brasil, tiveram impactos positivos, tanto na qualidade de vida dos trabalhadores, quanto para as próprias empresas.
A Islândia se tornou o primeiro país a adotar a jornada reduzida, nacionalmente, após experiência iniciada em 2015. Em 2022, o governo da Espanha iniciou projetos pilotos, em empresas do setor industrial. Nos Estados Unidos e na Irlanda, após uma experiência de seis meses, implementada pela organização não governamental 4 Day Week Global, 27 empresas decidiram não voltar mais à jornada de cinco dias semanais.
Os resultados em todas as experiências acima são: funcionários mais satisfeitos, com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga, melhora na produtividade e, ainda, crescimento na receita das empresas.
No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro deste ano com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% tiveram melhoria na execução de projetos; 58,5% tiveram melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; 33,3% melhoria na capacidade de angariar clientes.
Tecnologia e emprego
Mesmo com lucros bilionários, os bancos seguem fechando agências e reduzindo empregos, sob o argumento de que a tecnologia está moldando todo o sistema financeiro e, portanto, diminuindo a necessidade de postos de trabalho.
“Se essa transformação tecnológica continuar acontecendo sem que os ganhos financeiros sejam democratizados com a sociedade, vamos continuar caminhando para a concentração de renda, com aprofundamento das desigualdades”, destaca Juvandia Moreira. “Existem maneiras de democratizar os ganhos da tecnologia, uma delas é a redução de jornada, outra, que também defendemos, é a redução dos juros”, completa.
Juvandia lembra ainda que os bancos estão na contramão de todas as demais atividades do ramo financeiro que, nos últimos anos, ampliaram o número de vagas. “A única área onde o banco aumentaram as contratações é na de tecnologia da informação (TI). Porém, nas contratações de TI dos bancos, houve aumento de 89% de terceirizações em 2023. Ou seja, quando contratam, os bancos contratam reduzindo os direitos. Por isso, reivindicamos a proteção do emprego, do emprego digno e temos mecanismos para isso, mecanismos bons para a sociedade, para os trabalhadores bancários e para as empresas”, pontua Juvandia.
Outras pautas
Os trabalhadores levarão também para a mesa desta terça, sobre cláusulas sociais, reivindicações sobre teletrabalho, para que haja avanço na implementação das conquistas obtidas na CCT de 2022, e segurança bancária, nas agências físicas e nos espaços digitais.
Fonte: Contraf-CUT