Sindicato recebe superintendente regional da Caixa Econômica Federal

Encontro com diretores do Sindicato faz parte de uma série visitas que estão sendo realizadas junto às entidades representativas dos trabalhadores

Na tarde desta última quinta-feira, dia 1º de agosto, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região (SEEBPel) recebeu a visita do novo Superintendente de Rede do Centro Gaúcho, Cristiano Schumacher, que assumiu no lugar de Marcos Tavaniello. No encontro com os dirigentes sindicais, Cristiano esteve acompanhado do gerente geral da Agência Pelotas, Herivelto Garcez Nogueira, que está substituindo a Superintendente Executiva de Varejo, no município, Leslie Folha Timm.

Com uma experiência importante, junto à comunidade do Vale do Taquari, durante os momentos mais críticos das crises ambientais dos últimos dois anos, Cristiano ressaltou que adquiriu uma bagagem tanto em relação ao diálogo junto aos empregados da Caixa, quanto no atendimento às demandas da sociedade de modo geral, sendo que este trabalho se mostrou decisivo para a sua promoção. “Assumi este novo desafio com o objetivo de estreitar o relacionamento com as entidades sindicais, colocando a nossa superintendência à disposição das demandas dos empregados da Caixa, uma vez que prezamos muito pelo trabalho que é desenvolvido nos diferentes níveis de representação dos trabalhadores bancários”, pontuou.

Diálogo aberto

Os diretores do Sindicato saudaram a iniciativa do novo Superintendente em abrir um espaço de diálogo junto à base de Pelotas e Região, parabenizando o seu entendimento quanto ao compromisso social que a Caixa vem cumprindo historicamente. “Entendemos que este olhar para o papel social da Caixa é fundamental para que possamos avançar nas discussões que precisamos. É compreensível que haja, também, uma preocupação com as questões comerciais e de sustentabilidade financeira do Banco, mas o reconhecimento sobre a necessidade de se pensar essa sustentabilidade sem abrir mão do diálogo com as entidades sindicais é algo muito positivo e nos deixa muito confiantes”, ressaltou o diretor Lucas da Cunha.

O Sindicato também reforçou, junto ao novo superintendente, o bom relacionamento que possui com a Superintendência Executiva de Varejo, em Pelotas, tanto na figura da titular, Léslie Tim, quanto do atual substituto, Herivelto Nogueira. “Geralmente não tem sido nem mesmo necessário acionar Superintendência Regional, uma vez que estamos conseguindo solucionar as demandas por aqui, mas é importante ter este canal aberto, na medida em que surjam outras demandas que precisem deste tipo de intervenção”, explicou Lucas da Cunha.

Saúde como prioridade

Os diretores do Sindicato aproveitaram o encontro para reforçar os pontos centrais da luta que vem sendo travada junto à Caixa, mesmo que sejam de âmbito nacional, e pediram o apoio do Superintendente de Rede do Centro Gaúcho para que possam avançar no sentido de uma breve resolução. Assim, foram colocadas em pauta questões relativas ao Saúde Caixa e, em especial, ao Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional (PCMSO), que é alvo das atuais discussões da negociação coletiva, bem como os altos índices de adoecimento mental da categoria bancária.

“Neste mesmo sentido, nós conseguimos dialogar sobre a necessidade de apoio da superintendência para novos credenciamentos junto ao Saúde Caixa, como no caso da luta dos nossos colegas de Rio Grande, em relação ao Hospital Monporto, que está em negociação, mas que ainda não avançou”, explicou o diretor Lucas da Cunha.

Saúde mental

Ao debater questões relacionadas à saúde bancária e, em especial, aos empregados da Caixa, os diretores do Sindicato fizeram questão de ressaltar a preocupação quanto ao adoecimento mental da categoria, destacando que esta pauta está sendo tratada como prioridade tanto na negociação junto à Fenaban quanto nas rodadas específicas de negociação junto aos bancos públicos e privados, tamanha a urgência em se pensar esta questão. “Ficamos satisfeitos com esta conversa, sobretudo devido à convergência na análise do quadro atual do adoecimento da categoria, já que foi consenso que o principal problema enfrentado, hoje, reside muito mais na forma como as metas estão sendo cobradas do que nas metas em si”, ressaltou Lucas.

O diretor do Sindicato se refere aos instrumentos utilizados pelos bancos no cumprimento das metas estabelecidas pelos bancos, tendo sido enfatizado, junto ao Superintendente, o receio de que velhas práticas possam retornar. É o caso dos acompanhamentos e das cobranças diárias por metas, além das reuniões de hora em hora. Além disso, os diretores do Sindicato também enfatizaram a preocupação com o assédio moral e outras formas de exposição que fazem com que os bancários levem as preocupações para fora do ambiente de trabalho, prejudicando a sua saúde e a sua vida pessoal.

Redação: Eduardo Menezes / SEEBPel

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