BNDES: Negociação desta segunda (26) termina com poucos avanços
Banco se compromete a iniciar ajustes em redação de algumas cláusulas, mas sinaliza negativamente com respeito a outras
A Comissão de Negociação do BNDES voltou a se reunir com o banco, nesta segunda-feira (26), para dar continuidade às negociações para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados do sistema BNDES.
“Não houve avanços no debate sobre cláusulas econômicas, porque o BNDES, assim como os demais bancos públicos federais, aguarda o desfecho das negociações da mesa única. Mas o banco se comprometeu a iniciar os ajustes de redação nas cláusulas cujas reivindicações tiveram sinalização na reunião anterior”, afirmou o secretário de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Rogério Campanate.
“Esperamos que a negociação da CCT seja finalizada ainda essa semana e que nas próximas rodadas de negociação com o BNDES, que devem ocorrer entre os dias 2 a 6 de setembro, a gente consiga avançar com o debate sobre as cláusulas econômicas”, disse o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com as empresas do sistema BNDES.
O banco não se opõe em manter as conquistas obtidas pelos empregados em campanhas anteriores, e se mostrou receptivo às cláusulas que constam na CCT dos bancários, principalmente sobre a extensão dos direitos aos casais homoafetivos, o combate aos assédios sexual e moral e as iniciativas de prevenção à violência contra a mulher. Mas ainda analisa a proposta de inclusão de uma cláusula sobre o afastamento especial em caso de internação hospitalar da mãe e/ou do recém-nascido, que contempla a maternidade e a paternidade do bebê prematuro.
“Na pauta de reivindicações, pleiteamos alterações e inclusões de cláusulas assistenciais, como a proposta de o banco custear integralmente o vale-transporte, e propostas de gratificações salarial e salarial especial e o banco sinaliza que não há possibilidade de avanço nas negociações, principalmente pela falta de perspectiva de autorização da Sest”, explicou Campanate.
Fonte: Contraf-CUT
Foto: Sandro Neves / SEEB-Rio