RádioCom: Marroni explica criação de comitê para combater déficit no orçamento

O prefeito de Pelotas, Fernando Marroni (PT), concedeu entrevista ao programa Edição da Manhã, da RádioCom, nesta quarta-feira (29), para explicar o decreto que instituiu o Comitê de Controle da Gestão Orçamentária e Financeira. A medida busca enfrentar o déficit de R$191,7 milhões previsto para o orçamento municipal de 2025. O comitê é composto por membros das Secretarias da Fazenda, de Planejamento e Gestão, além do próprio chefe do Executivo.

Controle de gastos e estratégias para reduzir o déficit

Segundo Marroni, o comitê será responsável por analisar e autorizar todas as despesas da Prefeitura, garantindo um maior controle financeiro. “Optamos por não fazer um contingenciamento generalizado, mas sim trabalhar cada item de despesa com uma lupa, pois é cuidando dos centavos que conseguimos cuidar dos milhões”, afirmou o prefeito.

A estratégia também envolve a cobrança de dívida ativa, que representa um montante expressivo nos cofres municipais. “Temos ferramentas administrativas e judiciais para efetivar essa cobrança, incluindo a intermediação do Banco do Brasil para negociações”, explicou.

Priorizando investimentos sem comprometer serviços essenciais

Apesar do ajuste fiscal, Marroni garantiu que as principais áreas de atuação da Prefeitura não serão afetadas. “A saúde, a limpeza urbana, o combate às cheias e à dengue continuarão sendo prioridades. Estamos revisando contratos e despesas correntes, como aluguéis e combustíveis, para evitar desperdícios e equilibrar o orçamento”, pontuou.

Sobre investimentos, o prefeito destacou a existência de um projeto de R$ 60 milhões em empréstimos aprovados no ano passado, que serão utilizados como contrapartida para captar recursos dos governos estadual e federal. “Não é uma substituição de recursos, mas um planejamento para aliviar os investimentos diretos da Prefeitura e garantir a execução das obras necessárias”, esclareceu.

O prefeito reforçou que a meta é zerar o déficit ao longo do ano, mesmo com desafios adicionais, como o pagamento de 14 folhas salariais devido ao 13º parcelado de 2024. “Nosso objetivo é não deixar restos a pagar para 2026 e equilibrar as contas sem prejudicar serviços essenciais”, afirmou Marroni.

Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.

Imagem: Rafael de Lima