Índices futuros recuam após tarifaço de Trump sobre o aço; IPCA é destaque no Brasil

Agentes também aguardam nos EUA o testemunho de Jerome Powell, presidente do Fed (banco central estadunidense), perante o Congresso americano nesta terça-feira (11)

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, nesta terça-feira (11), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado sobretaxas de 25% sobre o aço e o alumínio, atingindo países como o Brasil. Além disso, agentes aguardam para hoje o testemunho do presidente do Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense), Jerome Powell, perante o Congresso americano a partir das 12h (horário de Brasília).

Na véspera, Trump assinou decreto elevando as tarifas sobre o aço e o alumínio. Ambas as taxas entrarão em vigor em 4 de março. O Brasil é o segundo país que mais exporta esses produtos siderúrgicos para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá.

Por aqui, o destaque do dia é a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A prévia do índice (IPCA-15) registrou alta de 0,11%, impulsionada pelo aumento nos preços dos alimentos, com destaque para o tomate (17,12%) e o café moído (7,07%).

O governo Lula adotou como foco de seu governo este ano conter a alta dos preços dos alimentos.

Brasil

Ibovespa fechou o pregão da segunda-feira (10) com avanço de 0,76%, aos 125.571,81 pontos. O fechamento da Bolsa ocorreu antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar sobretaxa de 25% no aço e no alumínio comprado pelo país, medida que atinge diretamente o Brasil.

Contribuíram para o bom desempenho do Ibovespa na véspera os pesos-pesados do indicador, como Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3), que fecharam o pregão no positivo na esteira do desempenho das commodities (petróleo e minério de ferro) no mercado internacional.

Já o dólar à vista encerrou as negociações do dia cotado a R$ 5,7860, leve queda de  0,13%.

Europa

As bolsas europeias operam mistas, enquanto os investidores digerem o tarifaço de Donald Trump sobre o aço e o alumínio. Os agentes também monitoram a temporada de balanços corporativos.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,23%
DAX (Alemanha): +0,11%
CAC 40 (França): +0,26%
FTSE MIB (Itália): -0,01%
STOXX 600: +0,08%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA caem hoje, com os agentes digerindo o decreto de Donald Trump com sobretaxas ao aço e ao alumínio, enquanto acompanham mais dados corporativos, como da Coca-Cola, Humana, Lyft e Super Micro Computer.

Dow Jones Futuro: -0,17%
S&P 500 Futuro: -0,28%
Nasdaq Futuro: -0,40%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam mistas, com a região digerindo os anúncios feitos pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sendo o mais recente as sobretaxas ao aço e ao alumínio, que atingem países como a Coreia do Sul, um dos principais exportadores dessas matérias-primas aos Estados Unidos.

As tarifas valem a partir de 12 de março. Trump disse que consideraria, no entanto, uma isenção para a Austrália.

Shanghai SE (China), -0,12%
Nikkei (Japão): +0,04%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,06%
Kospi (Coreia do Sul): +0,71%
ASX 200 (Austrália): +0,01%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem, depois que a Rússia anunciou redução da produção, aliviando as preocupações sobre um excesso de produção.

Petróleo WTI, +1,00%, a US$ 73,04 o barril
Petróleo Brent, +1,09%, a US$ 76,69 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada hoje.

Por aqui, no Brasil, essa não é a primeira vez que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adota medidas protecionistas contra o Brasil a partir da taxação do aço. Em 2018, ele impôs tarifas semelhantes, mas recuou parcialmente ao estabelecer cotas para o Brasil. Em 2019, ameaçou restaurar as tarifas, alegando desvalorização do real. Em 2020, endureceu restrições, reduzindo cotas e elevando tarifas sobre o alumínio. As medidas foram revogadas por Joe Biden em 2022. Estudos indicam que as tarifas geraram poucos empregos na siderurgia, mas prejudicaram setores que usam aço.

Fonte: ICL, com informações do InfoMoney e Bloomberg

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