Caixa: Ataques e contra-ataques

​Contraf-CUT endossa texto publicado pela Fenae sobre ataques promovidos contra a Caixa

A Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae) publicou na quinta-feira (18) um texto observando que, nos últimos meses, temos visto uma intensificação dos ataques dirigidos à Caixa Econômica Federal e à sua manutenção como empresa 100% pública.

O governo Temer, que coloca em prática um projeto que foi derrotado nas eleições, promove um verdadeiro desmonte do banco, que se exprime por meio do fechamento de agências “não lucrativas” (geralmente localizadas nas periferias das grandes metrópoles, em cidades pequenas ou regiões com menor desenvolvimento socioeconômico), e pela redução do quadro de funcionários, mas, principalmente pela mudança de perfil de atuação do banco: redução de recursos destinados ao financiamento habitacional voltado para a população de baixa renda, redução dos financiamentos de obras de infraestrutura de saneamento básico de água e esgoto, segurança e transporte, além de projetos educacionais, como o Fies (Financiamento Estudantil).

O governo esconde a importância da Caixa para o desenvolvimento socioeconômico do país, assim como seu papel de financiadora de políticas públicas voltadas para os mais pobres. As informações difundidas visam criar a imagem da Caixa como um antro de corrupção, que serve apenas como “cabide de empregos”. O governo usa seu poder para manipular a mídia e tentar jogar a população contra os empregados e suas entidades representativas, acusando-os de serem “privilegiados” e de estarem defendendo interesses próprios.

Como vimos acima, essa luta não é em defesa de “privilégios”, tampouco atinge somente os empregados. A imagem que o governo transmite não é verdadeira. A Caixa tem seus mecanismos para apurar e punir possíveis casos de desvio de conduta de seus empregados, que, em quase sua totalidade, ocupam seus cargos por terem sido aprovados em concursos públicos.

O desmonte e os ataques do governo têm o claro objetivo de tornar o banco obsoleto ao deixar bairros e cidades inteiras sem atendimento, ou com serviços bancários precários. Além de tornar a Caixa inútil para a sociedade, uma vez que a mesma não tem recursos para financiar aquilo que a população precisa.

Assim, o povo brasileiro é o principal prejudicado por essa política do governo Temer, seguida à risca pela gestão do banco. Os beneficiados são os bancos privados, que já arrancam muito dinheiro do nosso povo e ocuparão o espaço no mercado financeiro hoje ocupado pela Caixa. Claro, cobrando tarifas, taxas e juros muito mais altos do que os que são (ou eram) cobrados pela Caixa.

É por isso que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) não apenas endossa o texto da Fenae, como se junta a ela na convocação para que todos os empregados defendam a Caixa 100% pública e para que toda a população brasileira se junte à esta luta em defesa da Caixa como instrumento de financiamento de políticas sociais voltadas à população de baixa renda e ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

 

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